Quando se produz é importante questionar: - se produz o quê? Para quem? Quando se consome é um pouco mais complexo: - se consome o quê? Com que necessidade? E, principalmente: - por quê?
Não somos instruídos a refletir sobre situações vivenciadas em nosso cotidiano. Isso acaba fazendo com que nos alienemos dos processos pelos quais iremos sofrer as conseqüências logo ali adiante. É aquela velha história, após ser explorada pelos colonizadores europeus, a "massa humana" da latino América, tornou-se descartável. Como descartável foram, e são, todos aqueles que deram a vida nas minas de ouro e de prata para enriquecer as nações do velho continente.
O tempo passou e o solo reclamou as consequências. Como, por exemplo, o nordeste, que, chorando, mostrou-se ao mundo como "a região das savanas". Quem diria que lá era o local mais abençoado pelas chuvas no Brasil? Mas os colonizadores conseguiram esterelizar estas terras com as plantações de açúcar.
A importância de libertar a consciência
Julgar e atribuir opinião a determinadas situações exige conhecê-las. Infelizmente nem todos pensam assim. Como desconsiderar nossas origens e as características que formam a nossa maneira de pensar e de agir perante as adversidades?
Em suma, o processo de libertação dos oprimidos, tão distante dos cliques das máquinas, do foco das câmeras e dos olhos da nação - quando o assunto não diz respeito à violência ou tragédia - passa, necessariamente, por uma mudança na forma como cada um se enxerga no mundo e potencializa a sua existência. Não adianta fechar os olhos. A disputa entre a opulência e a miséria está escancarada há séculos. Agora só está, também, batendo às nossas portas. Em breve ela vai sentar-se à sala. Será difícil rejeitá-la.
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