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quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Sua obra é imortal

No dia 14 de agosto de 1956 morreu, em Berlim, o poeta e dramaturgo alemão, Bertolt Brecht (foto). Sua obra tem forte influência entre os movimentos sociais brasileiros e suas idéias estão cada vez mais atuais. Foram diversas produções de destaque durante a trajetória poética e política desse grande pensador do século XX. Entre elas, pode-se destacar: "A Vida de Galileu", escrita na época em que Brecht estava no Exílio - uma prova da importância de exilar-se para refletir melhor sobre as coisas. Tal peça remonta a relação entre ciência e sociedade, dentro do modelo em que Galileu trabalhava, sendo considerada uma das principais obras do dramaturgo.

A proposta de Brecht sempre esteve baseada em ser, pensar, transmitir e fazer saber. Não apenas comunicar, mas passar para os outros, através da arte, tudo aquilo que somos e o que podemos ser. Bastando, para isso, pensar a sociedade de forma crítica e buscar, no dialogo, as condições necessárias para superarmos as relações de opressão e desigualdade.

Ele conseguiu abordar os conflitos sociais como ninguém. A relação de reciprocidade entre público e artistas marcou a sua trajetória. Para Brecht, o ator não deveria apenas representar, era sua obrigação avaliar o papel que estava interpretando. A música, a narrativa, a reflexão, a troca de papéis entre os atores durante o espetáculo e tantas outras técnicas, deram o tom revolucionário ao Teatro Épico, revitalizado pelo dramaturgo.

As obras falam por si

Brecht falou à sociedade para não cair na asneira de ser um "analfabeto político". Mostrou que "nada é impossível mudar". Alertou para o perigo "das margens" que oprimem o rio. Provocou cada um de nós para respondermos: "de que serve a bondade?". Ele sabia que, "na guerra muitas coisas crescerão", e fez questão de ressaltar: "quem se defende" o faz, porque não quer se permitir viver. Deste modo, motivados pelas "perguntas de um trabalhador que lê", arrancamo-lhes a "máscara do mal" e "refletindo sobre o inferno", chegamos a conclusão de que, assim como Brecht, não "nescessitamos de pedra tumular". Mas, "nós as aceitamos, por tal inscrição e estaríamos todos honrados se fôssemos infinitos"; como, certamente o é, este grande pensador.


*Em vermelho e itálico foram destacados alguns dos títulos marcantes da obra de Brecht.

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