
Interpretar um texto é decodificar a alma do autor. É tentar compreender o mundo que ele vê. Ampliar horizontes, desbravar locais nunca antes habitados, ou, pelo menos, nunca antes vistos com tais olhos. Ao dedicar alguns minutos à leitura, entramos em contato com uma nova forma de ver a realidade. A cada nova leitura, mesmo se tratando do mesmo texto, dialogamos com novas perspectivas.
Não se trata de trazer à tona o velho e desgastado discurso do poder ou da importância da leitura. Desde pequenos temos, menos, ou mais, contato com ela. Esse contato pode ser mágico, mas, também, pode ser catastrófico. É como o próprio contato com a realidade. Aliás, é um contato com a realidade, apresentada em verso e prosa.
Cabe a cada leitor achar o seu "eu" nas linhas grafadas. Buscar a sua própria maneira de ler, sua identidade. A leitura chama a atenção porque permite formar consciência, seja crítica ou bitolada. É motivadora e pode, até mesmo, ser revolucionária. Por vezes te deixa indignado. Em outros momentos, dá um tremendo sono.
Ela é como o próprio nome diz: apresenta-se como “LEI”, mas, TU, é que, iRÁs, ou não, fazê-la ser agradável em tua vida. Cada leitor determina a forma dessa “LEI” interferir em sua atividade política e social. Por essas e por outras é que a velha máxima: "ler é importante" deveria ser mudada para "saber ler é importante". De nada adianta obrigar alguém a ler o que não está afim. Em algumas escolas ocorrem erros crassos, em função da disciplina. Se o aluno não vai a aula porque ficou em casa lendo um bom livro é punido. O importante não é aprender coisas que lhe interessem e sim obedecer.
Precisamos exercitar, todos os dias, a nossa capacidade de SABER LER A VIDA. Rabiscá-la em folhas de papel. Despretenciosamente...
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