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sábado, 26 de julho de 2008

Quando Nietzsche Chorou

Romance e ficção dialogam do inicio ao fim, neste livro do psicoterapeuta, Irvin Yalom. "Quando Nietzsche Chorou" é a maior prova de que a paixão é capaz de superar qualquer explicação filosófica.

Na ficção, o filósofo Friedrich Nietzsche e o médico Josef Breuer, um dos pais da psicanálise, procuram, através da terapia, superar as dores de uma paixão mal resolvida. A jovem, Lou Salomé, arrebatou o coração do poderoso filósofo e, depois, o destroçou como quem apaga uma bagana de cigarro.

Lou Salomé sente-se culpada pela decadência de Nietzsche, o qual julga ser uma "mente brilhante". Durante algum tempo a irmã do filósofo, Elizabeth, tenta, de todas as formas, separar os dois, mas isso só ocorre quando Salomé propõe uma pirâmide amorosa ao filósofo, incorporando ao romance o seu melhor amigo: Paul Rée.

Atormentado pelo fantasma de Salomé, e por uma doença desconhecida, o filósofo passa a fazer sessões de terapia com o médico Josef Breuer. No entanto, ele não sabe que foi a própria Salomé que intermediou o contato entre os dois e só aceita começar um suposto tratamento por que deseja acabar com as fortes dores de cabeça que o perseguem há muito tempo.

Breuer, ao aceitar Nietzsche como paciente, abre as portas para a descoberta de uma nova forma de tratamento médico: a cura através da conversa. Esse tema ocupa boa parte de seu tempo nos debates travados com o jovem Sigmund Freud. Breuer também sofria de um amor platônico por uma antiga paciente, Ana O, ela protagonizou o primeiro contato do psicoterapeuta com a terapia através da conversa. O tratamento de Ana foi interrompido quando, em surto, ela disse estar grávida de Breuer.

Os diálogos que são travados no livro colocam em xeque muitas teorias a respeito da capacidade humana de auto-destruição e amor próprio. A máxima "Torna-te quem tu és", do filósofo Friedrich Nietzsche, passa a aplicar-se a ele próprio, quando defronta-se consigo mesmo refletido nas palavras do psicoterapeuta. A partir do auto questionamento e da indagação acerca de si, filósofo e médico descobrem a importância da segunda sentença de Nietzsche: "O que não me mata me fortalece".

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