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segunda-feira, 28 de julho de 2008

Jornalismo independente e participativo: o inicio da subversão?

O que pode ser mais conservador do que sentar no sofá da sala e pegar o matutino para ler, enquanto se saboreia uma deliciosa xícara de café? Respondo: nada! No entanto, a participação está em pé de guerra com o conservadorismo. O leitor, que antes assistia passivo a tudo que lhe era noticiado, está acordando. Não pode mais ficar calado. Roubaram-lhe o que tinha de mais precioso no jornalismo: a criatividade.

Uma pesquisa realizada pelo Instituto DataFolha, em 30 de julho de 2007, revelou que o número de internautas responsáveis por gerar conteúdos na internet, a época, passava de 40%. As manhãs calmas e passivas estão dando lugar ao mais subversivo dos atos contemporâneos: a participação crítica na construção da informação. Os blogs já estão sendo usados pelos grandes veículos de comunicação na tentativa desesperada de interagir com essa nova possibilidade do "fazer jornalístico".

E como se dá a participação?

Ainda segundo a pesquisa do DataFolha, observa-se que, 5% das pessoas integradas à internet para gerar conteúdo, o faziam, tão somente, para noticiar e relatar os fatos. É o avanço da comunicação participativa. São poucos os espaços, sobretudo nos meios impressos, para o protagonismo do leitor. A opinião de quem está de fora resume-se a espaços demarcados pela editoria de cada periódico, o que, na maioria dos casos, resumem-se a irrisórias colunas de opinião ou cartas de leitores. O resto fica a cargo de especialistas e pessoas letradas.

E o jornal do povão onde está?

De uns tempos para cá a noticia virou uma mercadoria desprezível. O valor de uma assinatura de jornal ou revista é caro, mas o conteúdo é barato. Muitas vezes beirando a insignificância. É fato que a internet ainda não faz parte da rotina de todo brasileiro, no entanto, vem crescendo o número de pessoas com acesso a rede mundial de computadores em seus lares. No inicio de 2007, o Brasil tinha 14 milhões de usuários residenciais, este ano são mais de 22 milhões de pessoas. Escolas, bibliotecas e lan houses colaboram para que o uso da internet esteja se democratizando. As megacorporações ainda se mantém intocáveis, mas já sentem a pedra no sapato. A ferida poderá crescer com o tempo. Basta, para isso, que sejam implementadas polítcas nesse sentido. E você, já escreveu hoje?

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