
Em tempo, cabe lembrar de um cara que andou pela América Latina há mais de quatro décadas. Ele jamais se deixou abater diante das dificuldades e não se submeteu a um cargo burocrático, após, junto de seu companheiro de luta, Fidel Castro, ter derrubado o governo ditatorial de Fugêncio Batista, em Cuba. Trata-se de Ernesto Che Guevara.

Que legado terá deixado Che, após 41 anos de seu assassinato nas selvas da Bolívia?
Estava movido por uma ânsia de liberdade. Sentimento que deveria acompanhar todo aquele que se diz revolucionário. Muitos ainda acreditam que Che vive, outros, dão-lhe como um morto capaz de ressurgir apenas através da indústria da cultura, estampado em camisetas e pôsters.
Certamente ele ainda vive. Está presente em sentimentos altruístas, na busca de justiça e igualdade social. Vive muito mais em olhares que sobrevoam as místicas instâncias de poder, do que nos conchavos espúrios, responsáveis por desestimular a militância, consagrando os adversários como aliados. No Brasil, a chamada esquerda, expressa em partidos por hora governistas, parece ter tomado uma ducha de água fria. Não obstante, a chama capaz de inflamar os corações e as mentes dos inconformados segue acesa. Altiva e firme, como o guerrilheiro, que, diante de seu algóz, não hesitou. Viva ela está, e, viva ela estará, por meio das organizações sociais, dos movimentos libertários e das lutas diárias de camponeses, índios, negros, mulheres e trabalhadores.

Como desistir da utopia diante de tamanha injustiça social? De tamanha exploração dos povos latino-americanos. Movimentos polítcos que estão surgindo em toda a América Latina, finalmente, parecem contrapor-se, mesmo que pela via institucional, ao modelo de subserviência historicamente imposto pelos EUA. Países como Brasil, Argenteina, Uruguai, Equador, Chile, Venezuela e Bolívia não são os mesmos de 40 anos atrás. No entanto, ainda clamam por uma organização popular que privilegie a base.
O socialismo nunca esteve tão presente, ou, pelo menos, suas interpretações e conseqüentes políticas sociais nunca foram tão urgentes, como nos dias de hoje. Embora sejam poucos os que, realmente, desejam construir alternativas ao modelo neoliberal, por intermédio dos governos legalmente constituídos.

Mesmo assim, após 41 anos, a chama teima em acender. Embora a maioria acredite que ela não possui mais forças para queimar. Talvez, estes mesmos, sejam os que dela se aqueceram em outras épocas, mas, hoje, preferem apenas referendá-la através do discurso fácil, quando objetivam promover seus projetos pessoais. Há tempos deixaram de ser agentes da transformação social, viraram meros burocratas subservientes ao poder do capital financeiro. Os revolucionários de bol$o, ou, de oca$ião, também podem ser caracterizados como "revolucionários de garganta". Afinal, nem todos estão dispostos a entregar a sua vida pela liberdade de qualquer um dos países da América Latina, sem pedir nada a ninguém.
Hasta la vitória, siempre!
2 comentários:
Olá!
Meu nome é Lélio Corrêa, tenho 47 anos, sou Advogado, moro na cidade do Rio de Janeiro, e, com base nos "princípios de vida" que nortearam a vida do companheiro Che (em estudo recente, identifiquei e isolei 13 princípios), gostaria de fundar um grupo de companheiros para atuar, efetivamente, na esquerda brasileira. Sou um guevaristga declarado. Meu telefone é (21) 8230-0417 e meu e-mail é leliocorreia@yahoo.com.br .
Se você tem interesse em avançar nessa discussão, faça contato.
Saudações guevarista.
NOssa, quanta emoção!!!
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