O Grupo de Pesquisa Comunicação, Economia Política e Sociedade (Cepos) marcou presença em Pelotas no último sábado do mês de outubro, dia 30, véspera do segundo turno das eleições. O encontro ocorreu no Sindicato dos Bancários de Pelotas, tendo um bom quórum de participantes. A data não poderia ser mais propícia para o debate, pois a idéia do seminário era discutir a relação que se estabelece entre os donos da mídia e as forças políticas que atuam na sociedade nos dias de hoje. A proximidade com o pleito presidencial acabou rendendo boas análises de como estava ocorrendo a midiatização do processo eleitoral. Em clima de camaradagem e conversa franca, como é de praxe nos encontros promovidos pelo Cepos, todos puderam participar do debate, havendo espaço garantido para o contraditório, como pressupõe um bom embate de idéias.
Vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação (PPGCOM) da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), o grupo Cepos conta hoje com um total de 18 membros fixos, tendo como coordenador o professor Valério Cruz Brittos. Os encontros chamados de “Cepos Debates” ocorrem de forma descentralizada nas mais diversas regiões do Brasil, sobretudo nos lugares por onde transitam seus componentes. Alinhado a perspectiva da Escola de Frankfurt e tomando como um dos principais referenciais teóricos a Teoria Crítica, realizam-se discussões dentro e fora do ambiente acadêmico para ajudar a refletir, de forma sistemática, sobre o atual cenário das indústrias culturais e das políticas de comunicação no Brasil e no mundo.
Em Pelotas, os professores da Unisinos Valério Brittos e Bruno Lima Rocha, e o jornalista, Rodrigo Jacobus, utilizaram os estudos da Economia Política da Comunicação (EPC) como método de abordagem para pensar o direito à comunicação no Brasil. Brittos fez questão de enfatizar a importância de colocar teoria e prática para andarem lado a lado, “é preciso ultrapassar os limites institucionais e dialogar abertamente com os movimentos populares, pois o compromisso das pesquisas científicas é, sobretudo, um compromisso com a comunidade”, disse. Não só ele, como todos os pesquisadores presentes, ressaltaram a importância de deixar de lado as formalidades científicas e as titulações acadêmicas para, assim, permitir uma troca de conhecimento honesta. Segundo Rocha, “trata-se de um processo de construção mútua, cuja finalidade, principal, consiste na autonomia dos movimentos sociais ao desfraldarem, pela via direta, suas bandeiras de luta".
*Na foto acima estão sentados da esquerda para a direita: Bruno Lima Rocha (Unisinos), Valério Brittos (Unisinos), Rodrigo Jacobus (UFRGS) e José Luiz Moraes (RádioCom).
Fotos com os companheiros que ficaram até o final do evento
Créditos:
Banner do evento: criação de Andres Kalikoske
Fotos no corpo do texto: Carlos Alberto Brito Alves
Fotos de todo o grupo: Daniel Hammes (foto alinhada à esquerda), Eduardo Menezes ( foto alinhada à direita).
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