Com o golpe militar no Brasil, em 1964, a repressão política - referendada pela Lei de Segurança Nacional - perseguiu, torturou e matou diversos militantes de esquerda. Seus crimes? Na verdade, apenas um: acreditar na transformação da sociedade por intermédio de uma revolução socialista. Alegando "evitar a instauração de uma ditadura comunista”, os militares perseguiram, sequestraram, torturaram e assassinaram quem não estava disposto a servir aos interesses do imperialismo norte-americano.
Resultado desse processo arbitrário e despolitizante, as organizações sociais são vistas - até hoje - com maus olhos por uma parcela significativa do povo brasileiro. Para o senso comum, todo movimento organizado que se oponha – verdadeiramente – ao poder representa uma ameaça. Nos nossos dias, a repressão está maquiada. É patrocinada pelo mercado e conta com a cumplicidade do Estado. Basta considerar o fato de que tanto o governo quanto a população permitem – por voto ou nomeação – que as forças golpistas continuem atuando nas esferas de poder.
Durante a Ditadura Militar, a fúria ignorante da repressão levou não somente vidas; adiou sonhos, embruteceu jornadas de trabalho, distorceu a realidade e perpetuou uma forma estúpida de nos relacionarmos entre si e com o mundo (seja pela alienação da atividade laboral, seja pela culpabilidade ao ócio, ao lazer e ao prazer). Não se discute que a democracia conquistada é resultado de resistência e luta, mas - esta mesma democracia - ainda está longe de representar igualdade de oportunidades e direitos.
Não há possibilidade real de mudança sem afastar os fantasmas do autoritarismo e da desigualdade social. É preciso mais do que discursos em época de eleição. Mais do que mobilizações pontuais e fragmentas, pela internet ou em pequenos grupos de interesses, que tomam as ruas em busca de justiça. A boa notícia é que, aos poucos, a história vem cobrar a verdade dos fatos.
Não há tecnologia suficiente para mascarar a dor silenciada pela tirania. Os interesses do mercado necessariamente se chocam com as reais necessidades da população. A repressão – embora atuante por meio dos aparelhos do Estado e das estruturas de poder do Mercado – está sob constante ameaça. Precisamos ser solidários às lutas dos outros. Daí por diante, sabe-se lá quando, poderemos falar em democracia direta.
Não há possibilidade real de mudança sem afastar os fantasmas do autoritarismo e da desigualdade social. É preciso mais do que discursos em época de eleição. Mais do que mobilizações pontuais e fragmentas, pela internet ou em pequenos grupos de interesses, que tomam as ruas em busca de justiça. A boa notícia é que, aos poucos, a história vem cobrar a verdade dos fatos.
Não há tecnologia suficiente para mascarar a dor silenciada pela tirania. Os interesses do mercado necessariamente se chocam com as reais necessidades da população. A repressão – embora atuante por meio dos aparelhos do Estado e das estruturas de poder do Mercado – está sob constante ameaça. Precisamos ser solidários às lutas dos outros. Daí por diante, sabe-se lá quando, poderemos falar em democracia direta.